domingo, 11 de março de 2012


PERÍODO CLÁSSICO

O termo ‘Clássico’, em música, é empregado em dois sentidos diferentes. As pessoas, às vezes, usam a expressão ‘música clássica’ considerando toda a música dividida em duas grandes partes: ‘clássica’ e ‘popular’. Para o musicólogo, entretanto, ‘música clássica’ tem sentido especial e preciso: é a música composta entre aproximadamente 1750 e 1810, que inclui a música de Haydn e Mozart, bem como as composições iniciais de Beethoven.

O classicismo é profundamente influenciado pelos ideais humanistas, que colocam o homem como centro do universo. Reproduz o mundo real, mas molda-o de acordo com o que se considera ideal. As obras refletem princípios como harmonia, ordem, lógica, equilíbrio, simetria, objetividade e refinamento. A razão é mais importante que a emoção.

A transição da música barroca para a clássica é feita sobretudo por Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788) e por Johann Christian Bach (1735-1782), filhos do compositor Johann Sebastian Bach (1685-1750). Os compositores passam a elaborar formas mais desenvolvidas, como a sinfonia e os concertos para instrumentos e orquestra. A sonata é a principal forma musical do período e um passo definitivo em direção à música tonal.

A música clássica mostra-se refinada e elegante e tende a ser mais leve, menos complicada que a barroca. Os compositores procuram realçar a beleza e a graça das melodias. A orquestra está em desenvolvimento. Os compositores deixaram de usar o cravo e acrescentaram mais instrumentos de sopro (clarineta, por exemplo).

No classicismo a dinâmica passou a ser explorada em todas as suas possibilidades. Nos períodos anteriores não se usava, ou melhor, não se indicava objetivamente alguma mudança de nuances deste parâmetro. Na última fase do Barroco, havia somente indicações de contrastes entre trechos musicais em "piano" e "forte".

Já os clássicos tiveram a idéia de se utilizar do "crescendo" e do "decrescendo", graduando a dinâmica e inventando seus respectivos sinais. Esta técnica foi muito desenvolvida pelos compositores de Mannheim (Alemanha) e divulgada posteriormente por Haydn e Mozart.

Novos instrumentos apareceram: entre eles o piano (inventado em 1698 por Bartolomeo Cristofori – 1655/1731, para que tivessem à mão um instrumento de teclado que pudesse dar sons suaves e fortes) e o clarinete (inventado no início do século 18 por Jacob Denner -1681/1735). Melhoraram os mecanismos e as extensões do oboé e do fagote. O violoncelo ganhou uma ponta para apoiá-lo no chão (antes era preso entre as pernas pelo executante) e descobriram a maravilha do seu timbre.


FORMAIS INSTRUMENTAIS DO PERÍODO CLÁSSICO


Durante o Classicismo, a música instrumental passou a ter maior importância que a vocal.


A Sonata

Nesta época criou-se a sonata. Sonata é o termo que designa, desde o século XVIII, uma composição instrumental para um ou mais instrumentos de forma ternária (exposição, desenvolvimento, reexposição), construída sobre dois temas e obedecendo a um plano que afirma o princípio da tonalidade.


A Sinfonia

A sinfonia é, na realidade, uma sonata para orquestra. Seu número de movimentos passam a ser quatro: rápido - lento - minueto - muito rápido. Haydn e Mozart foram os maiores compositores de sinfonias do Classicismo. 


O Concerto

O concerto consiste em uma composição para um instrumento solista contra a massa orquestral. Tem três movimentos: rápido - lento - rápido.


O Quarteto de Cordas

Joseph Haydn inventou o quarteto de cordas (dois violinos, viola e violoncelo), uma combinação soberba de música de câmara.







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