PERÍODO CLÁSSICO
O termo ‘Clássico’, em música, é empregado em dois sentidos
diferentes. As pessoas, às vezes, usam a expressão ‘música clássica’
considerando toda a música dividida em duas grandes partes: ‘clássica’ e
‘popular’. Para o musicólogo, entretanto, ‘música clássica’ tem sentido
especial e preciso: é a música composta entre aproximadamente 1750 e 1810, que
inclui a música de Haydn e Mozart, bem como as composições iniciais de
Beethoven.
O classicismo é profundamente influenciado pelos ideais
humanistas, que colocam o homem como centro do universo. Reproduz o mundo real,
mas molda-o de acordo com o que se considera ideal. As obras refletem
princípios como harmonia, ordem, lógica, equilíbrio, simetria, objetividade e
refinamento. A razão é mais importante que a emoção.
A transição da música barroca para a clássica é feita
sobretudo por Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788) e por Johann Christian Bach
(1735-1782), filhos do compositor Johann Sebastian Bach (1685-1750). Os
compositores passam a elaborar formas mais desenvolvidas, como a sinfonia e os concertos para instrumentos e orquestra. A sonata é a principal forma musical do período e um passo definitivo
em direção à música tonal.
A música clássica mostra-se refinada e elegante e tende a
ser mais leve, menos complicada que a barroca. Os compositores procuram realçar
a beleza e a graça das melodias. A orquestra está em desenvolvimento. Os
compositores deixaram de usar o cravo e acrescentaram mais instrumentos de
sopro (clarineta, por exemplo).
No classicismo a dinâmica passou a ser explorada em todas as
suas possibilidades. Nos períodos anteriores não se usava, ou melhor, não se
indicava objetivamente alguma mudança de nuances deste parâmetro. Na última
fase do Barroco, havia somente indicações de contrastes entre trechos musicais
em "piano" e "forte".
Já os clássicos tiveram a idéia de se utilizar do
"crescendo" e do "decrescendo", graduando a dinâmica e
inventando seus respectivos sinais. Esta técnica foi muito desenvolvida pelos
compositores de Mannheim (Alemanha) e divulgada posteriormente por Haydn e
Mozart.
Novos instrumentos apareceram: entre eles o piano (inventado em 1698 por Bartolomeo
Cristofori – 1655/1731, para que tivessem à mão um instrumento de teclado que
pudesse dar sons suaves e fortes) e o clarinete
(inventado no início do século 18 por Jacob Denner -1681/1735). Melhoraram os
mecanismos e as extensões do oboé e do fagote. O violoncelo ganhou uma ponta
para apoiá-lo no chão (antes era preso entre as pernas pelo executante) e
descobriram a maravilha do seu timbre.
FORMAIS
INSTRUMENTAIS DO PERÍODO CLÁSSICO
Durante o Classicismo, a música instrumental passou a ter
maior importância que a vocal.
A Sonata
Nesta
época criou-se a sonata. Sonata é o termo que designa, desde o século XVIII,
uma composição instrumental para um ou mais instrumentos de forma ternária (exposição,
desenvolvimento, reexposição), construída sobre dois temas e obedecendo a um
plano que afirma o princípio da tonalidade.
A Sinfonia
A
sinfonia é, na realidade, uma sonata para orquestra. Seu número de movimentos
passam a ser quatro: rápido - lento - minueto - muito rápido. Haydn e Mozart
foram os maiores compositores de sinfonias do Classicismo.
O Concerto
O
concerto consiste em uma composição para um instrumento solista contra a massa
orquestral. Tem três movimentos: rápido - lento - rápido.
O Quarteto de Cordas
Joseph
Haydn inventou o quarteto de cordas (dois violinos, viola e violoncelo), uma
combinação soberba de música de câmara.
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