História da Música Popular Brasileira
Nossa música é riquíssima em
estilos, gêneros e movimentos. Do século XVIII (dezoito), quando o Brasil ainda
era uma colônia até o final do século XIX, passando pelo período do Império e
posteriormente a República, a produção musical foi tomando ares nacionais, com
o aparecimento de gêneros musicais brasileiros como o maxixe e o choro. Vamos
fazer um breve passeio por essa história!
Gêneros e Movimentos musicais
nacionais: A Modinha
"Tu
não te lembras da casinha
Pequenina
Onde o nosso amor nasceu"
(Casinha Pequenina, modinha de autor desconhecido)
Pequenina
Onde o nosso amor nasceu"
(Casinha Pequenina, modinha de autor desconhecido)
Nascida no Brasil
no século XVII, a modinha teve seu primeiro momento de glória na década de 1770
na corte de Lisboa com o poeta, compositor, cantor e violeiro Domingos Caldas Barbosa (1740-1800). O
grande sucesso alcançado pelo gênero – denominado modinha para diferenciar-se
da moda portuguesa – levou músicos
eruditos portugueses a cultivá-lo, só que de forma requintada, adicionando-lhe
características da música de ópera italiana.
Ao mesmo tempo
suave e romântica, chorosa quase sempre, a modinha seguiu então pelo resto do
século como o nosso melhor meio de expressão poético-musical da temática amorosa. Composta geralmente
em duas partes, com predominância do
modo menor e dos compassos binário e
quaternário, a modinha do período imperial jamais se prendeu a esquemas
rígidos, primando pelas variações.
O primeiro
modinheiro a se destacar no começo dos oitocentos foi o compositor Joaquim
Manoel (da Câmara), morto por volta de 1840. Exímio violonista e cavaquinista,
ele impressionava a todos que o ouviam, inclusive o músico austríaco Sigismund
Neukomm, professor de Pedro I, que harmonizou 20 de suas modinhas. Joaquim
Manoel deixou várias peças de qualidade como Se Me Desses Um Suspiro, Desde
o Dia em Que Nasci e A Melancolia, tendo esta servido de tema para a
fantasia L'Amoreux, de Neukomm.
Da mesma época é o
compositor Cândido José de Araújo Viana, o Marques de Sapucaí, hoje nome da
avenida carioca que se transformou a passarela das escolas de samba. De vida
longa (1793-1875), este mineiro de Sabará exerceu funções importantíssimas no
Império, tendo sido deputado, senador conselheiro, desembargador, ministro de
estado e presidente de Alagoas e do Maranhão. Apesar de todos esses encargos, o
marquês ainda arranjou tempo para dedicar-se à música, sendo de sua autoria
algumas composições de sucesso, como as modinhas Mandei um Eterno Suspiro
e Já Que a Sorte Destinara. Não seria ele, porém, o nosso único
personagem histórico a se interessar por música. O imperador Pedro I, além de
razoável compositor, tinha boa voz e gostava de cantar modinhas.
O Schubert das
modinhas
Mas o maior
modinheiro dessa geração foi o violinista, cantor, poeta e compositor Cândido
Inácio da Silva. São de sua autoria modinhas como Cruel Saudade, A
Hora Que Não Te Vejo, Um Só Tormento de Amor e as famosas Busco a
Campina Serena e Quando as Glórias Eu Gozei, publicadas em Modinhas
Imperiais, de Mário de Andrade, que o considerava o Schubert brasileiro.
Pertence ainda ao período um vasto repertório de modinhas de autores
desconhecidos, sendo algumas delas de ótima qualidade, como é o caso de Vem
Cá Minha Companheira, Se Te Adoro, Vem a Meus Braços, Róseas
Flores da Alvorada, Deixa Dália, Flor Mimosa e Acaso São Estes (que
ganhou letra de Tomás Antônio Gonzaga), famosas depois de sua publicação na
citada coletânea Modinhas Imperiais.
No fim do século XIX e início do XX, renovada por músicos do povo e sob a forma
de canção ternária, assimilada da valsa, a modinha viveu sua fase de maior
popularidade, ganhando as ruas como música serenata.
Morte
com o rádio
Ainda por essa época, celebrizou-se no Rio de Janeiro o maranhense Catulo da Paixão Cearense (1866-1946), pródigo letrista que abarrotou a praça com dezenas de composições. Incapaz de musicar os seus rebuscados poemas, Catulo especializou-se em fazer versos para música alheia de sucesso, transformando em modinhas a maioria. Ao chegar a era do rádio, com o crescimento da valsa romântica, muitas vezes classificada como canção, a modinha quase desapareceu, figurando vez por outra nas obras de alguns compositores como Vinicius de Moraes (Modinha, com Tom Jobim, e Serenata do Adeus) e Chico Buarque (Até Pensei).
Roteiro
para os trabalho de Modinha – 8ºano (2º Trimestre/2012)
Compor
uma letra para a música “Tema de Amor do poderoso Chefão” - VALOR 1,0 ponto
Veja o exemplo abaixo:
- Geralmente
colocamos uma sílaba por nota, mas em alguns casos pode haver uma
junção de vogais em virtude da prosódia (como observado na 2ª frase
acima).
- É
sempre melhor colocar as sílabas tônicas de cada palavra
nos tempos fortes dos compassos (veja as indicações dos tempos
fortes na partitura anexa).
Como
escrever um poema baseado nas letras de modinha
Neste trabalho o estudante deve ter em
mente que escrever sobre modinha não é somente falar de amor, mas sim de
desilusão amorosa. Para isso deve procurar usar verbos no passado para passar a
idéia de um amor que já se acabou. As características são melancolia, tristeza,
dramaticidade, desespero, angústia, etc.
Professor, sou eu a Thayná da 801 e eu queria saber quais são as notas do poderoso chefão no violão, voce pode fazer esse favor para mim?? O mais rápido possível se voce puder, Obrigada!
ResponderExcluirProfessor, sou eu, a Thayná, queria saber quais são as cifras do violão para a música "Tema de Amor de O poderoso Chefão". Obrigada :)
ResponderExcluirOlá Thayná, amanhã te passo a cifras na aula, não se preocupe, bjus
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